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Sítio arqueológico com pedras e cerâmicas seculares é descoberto no Maranhão
3 de outubro de 2025 / 17:58
Foto: Divulgação

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou, nesta quarta-feira (1º), a descoberta de um novo sítio arqueológico na comunidade quilombola Boa Vista, situada em Bequimão, a 76 km de São Luís. O local, denominado Sambaqui de Boa Vista, é composto por montes formados por conchas, ossos e outros vestígios que atestam a presença de antigas populações na região.

Entre os artefatos encontrados estão objetos de pedra, fragmentos cerâmicos e uma variedade de itens que evidenciam a ocupação humana no local. Os sambaquis, como são chamados esses montes, são formados por conchas e restos de fauna e flora acumulados ao longo de milênios por grupos pré-históricos que habitavam a costa brasileira.

A área onde o sítio está localizado pertence à família de Raul Rodrigues Souza, que, segundo o Iphan, tem se empenhado na preservação do local ao longo dos anos. Mesmo sem formação específica, a família tem mantido os materiais encontrados e reconhecido a importância histórica para a memória local.

A descoberta foi realizada pelo arqueólogo Cleberson Carlos, da Superintendência do Iphan no Maranhão, durante uma fiscalização na área. Ele destacou que a descoberta fortalece a identidade cultural da comunidade e da região. “Esse achado é um ganho para a história da região, pois reafirma a importância da ocupação humana no território e valoriza o patrimônio cultural de uma comunidade quilombola que sempre preservou seu espaço. Além disso, trata-se de um dos sítios mais bem preservados que já tive a oportunidade de identificar”, afirmou o arqueólogo.

Após a catalogação do Sambaqui da Boa Vista, o município de Bequimão passa a fazer parte do mapa arqueológico do Maranhão. O Iphan informa que essa inclusão permitirá a ampliação dos estudos e do conhecimento sobre a presença e resistência das populações tradicionais no estado, revelando informações sobre modos de vida, técnicas de produção e relações sociais das comunidades que habitaram a região ao longo dos séculos.