
As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pelo Tesouro Direto somaram R$ 7,17 bilhões em outubro, informou o Tesouro Nacional nessa quarta-feira, 26. O valor representa recorde para meses de outubro e ficou 4,59% acima do registrado em setembro (R$ 6,86 bilhões). Em relação ao mesmo mês de 2024, o crescimento foi de 27,03%. O maior volume mensal da série, no entanto, continua sendo o de março deste ano, quando as vendas alcançaram R$ 11,69 bilhões.
Os títulos indexados à taxa básica de juros responderam por 48,1% das vendas em outubro, seguidos pelos papéis corrigidos pela inflação (32,2%) e pelos prefixados (10,6%). O Tesouro Renda+, voltado à formação de renda para aposentadoria, representou 7,2% das operações, enquanto o Tesouro Educa+, criado para poupança educacional, respondeu por 1,9%.
Segundo o Tesouro, o interesse por títulos atrelados à Selic é impulsionado pelo nível elevado da taxa, atualmente em 15% ao ano. A busca por papéis indexados à inflação também aumentou diante da expectativa de alta nos índices de preços.
O estoque total do Tesouro Direto ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 200 bilhões, atingindo R$ 200,97 bilhões ao final de outubro, alta de 2,89% em relação ao mês anterior e de 36,68% ante outubro de 2024. O aumento decorre da correção pelos juros e do saldo positivo entre vendas e resgates, que ficou em R$ 3,71 bilhões no mês.
O número total de investidores cadastrados chegou a 33.766.759, após a entrada de 238.716 novos participantes em outubro. Nos últimos 12 meses, o crescimento acumulado foi de 11,7%. Já o total de investidores ativos alcançou 3.257.794, avanço de 20,7% no mesmo período.
As vendas de pequeno valor continuam predominantes: 80,2% das 969 mil operações realizadas no mês foram de até R$ 5 mil, e 56,2% ficaram abaixo de R$ 1 mil. Os investidores também demonstram preferência por prazos curtos — 54,9% das compras envolveram títulos com vencimento de até cinco anos.
Criado em 2002, o Tesouro Direto permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet. A venda desses papéis é uma das formas de o governo captar recursos para financiar a dívida pública e cumprir obrigações financeiras.