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Transnordestina terá R$ 400 milhões da Sudene para continuar obra da ferrovia no Ceará e no Piauí
8 de janeiro de 2025 / 20:50
Foto: Divulgação

No final de 2024, o presidente Lula oficializou a aprovação de um aditivo de R$ 3,6 bilhões para a conclusão das obras da Transnordestina, com recursos do FDNE – Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, administrado pela Sudene. Nesta terça-feira (7), a diretoria colegiada da Sudene autorizou a primeira liberação desse recurso, no valor de R$ 400 milhões para o trecho cearense da ferrovia.  

“A decisão mostra o compromisso da Sudene com esta que é a obra mais importante do Nordeste para melhorar a logística e a geração de novos negócios e oportunidade de geração de emprego e renda”, comentou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

A Transnordestina é prioridade do Governo Federal, sendo um dos principais equipamentos de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). O aporte de recursos é fruto do trabalho de articulação entre a Sudene, Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Casa Civil, além de outras pastas do Executivo Federal.

A ferrovia de pouco mais de 1200 km de extensão percorre 53 municípios dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, partindo do município piauiense de Eliseu Martins ao porto de Pecém, no litoral cearense. Espera-se que o equipamento escoe produtos que impulsionam as atividades econômicas de diversos arranjos produtivos da região, incluindo a produção de grãos, minérios, combustíveis, fertilizantes, entre outros.

O impacto econômico e social da obra foi destacado pelo diretor Heitor Freire, titular da unidade de fundos, incentivos e atração de investimentos da Sudene. “É um projeto vital para o Nordeste, que ampliará a competitividade da região ao reduzir custos com transporte e conectar mercados, melhorando o ambiente de negócios do Nordeste”, avaliou.

Em dezembro de 2022, durante o governo Jair Bolsonaro, a CSN (concessionária da Transnordestina) devolveu o trecho Salgueiro-Suape ao governo Federal, afirmando não ter viabilidade econômica. O projeto inicial da ferrovia previa a ligação dos Estados do Ceará, Piauí e Pernambuco. 

Abandonado há quase 10 anos (desde 2016), o trecho pernambucano foi retomado pelo governo Federal. A estatal Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes, contratou um consórcio pra fazer os projetos básico e executivo do trecho Salgueiro-Suape. A expectativa é que o primeiro projeto seja entregue neste mês de janeiro de 2025. 

A expectativa do governo Federal é investir cerca de R$ 500 milhões para recomeçar as obras do trecho de Pernambuco, com recursos já previstos no Orçamento Geral da União (OGU). Os recursos liberados nesta terça-feira são para os trechos Ceará-Piauí da ferrovia.