O verão já começou. E com ele a previsão do tempo vem ratificando o calor intenso na região e muitas chuvas localizadas. Ao mesmo tempo, essa é a época do ano dos dias mais longos.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o verão 2025 será influenciado pelo fenômeno La Niña, ainda que sua duração seja mais curta neste ciclo. Esse fenômeno afeta de maneira diferenciada as regiões do Brasil, com destaque para chuvas mais intensas no Norte e Nordeste, enquanto o Sul tende a registrar índices pluviométricos abaixo da média.
A princípio, algumas áreas do Nordeste começam o ano com expectativas positivas em relação às chuvas. Segundo a Agência Atmosférica Americana (NOAA), o mês de janeiro poderá registrar índices pluviométricos até 200 mm acima da média histórica em áreas estratégicas da região. Estados como Maranhão, Piauí e Bahia, além do Sertão Paraibano, podem ter volumes significativos de chuva. Desse modo, garantem a irrigação, essenciais para a agricultura e o abastecimento hídrico.
Abaixo, detalhamos as projeções de chuvas para o Nordeste em janeiro de 2025:
Região | Excedente Pluviométrico | Áreas de Destaque |
---|---|---|
Sul do Maranhão | Até 200 mm | Imperatriz, divisa com Tocantins e Piauí |
Sul do Piauí | Até 200 mm | Região do Rio São Francisco |
Norte da Bahia | Até 200 mm | Região de Juazeiro, extremo norte da Chapada Diamantina |
Sertão Paraibano | Até 100 mm | Vale do Piancó, região de Itaporanga |
Oeste e Sertão Central PE | Até 100 mm | Parte central e oeste pernambucano |
Litoral e Agreste da PB | Até 80 mm | Norte e Alto Sertão paraibano |
Centro-Norte do Ceará | Até 80 mm | Quase todo o estado |
Rio Grande do Norte | Até 80 mm | Todo o estado |
Nordeste do Maranhão | Até 80 mm | Floriano e centro-sul |
Impactos e desafios climáticos
Apesar da previsão otimista para algumas áreas do Nordeste, o relatório do Inmet alerta para possíveis impactos econômicos em outras regiões do Brasil, especialmente onde as chuvas podem ficar abaixo da média. A agropecuária, a geração de energia e os níveis dos reservatórios hídricos poderão enfrentar desafios adicionais caso as condições climáticas oceânicas desfavoráveis persistam.
Por outro lado, no Nordeste, o aumento das chuvas em janeiro traz alívio para localidades historicamente afetadas pela estiagem. Dessa forma atinge especialmente a agricultura de subsistência e o abastecimento de água.