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Viagens na ferrovia Carajás suspensas até sexta-feira e impactam 4.400 passageiros entre Pará e Maranhão
13 de março de 2025 / 12:50
Foto: Divulgação

A manifestação dos indígenas da etnia Gavião, que começou no último domingo (10), continua a impactar a circulação do transporte de passageiros na Ferrovia Carajás. A Vale, responsável pela operação da ferrovia que liga São Luís, no Maranhão, a Parauapebas, no Pará, informou que cerca de quatro mil passageiros foram afetados pela suspensão das viagens.

A interrupção das operações se deve ao protesto dos indígenas, que alegam que a mineradora ultrapassou os limites de atuação em sua área, invadindo cerca de 500 metros de terra pertencente à Terra Indígena Mãe Maria. Os manifestantes afirmam que a interdição permanecerá até que uma solução satisfatória seja alcançada entre eles e a empresa.

O trem que deveria partir da estação do Anjo da Guarda, em São Luís, com destino a Parauapebas, está parado, e as viagens programadas para sexta-feira (14) também foram canceladas. Para os passageiros que desejam solicitar o reembolso, a Vale disponibiliza algumas opções:

  • Remarcar o bilhete;
  • Pedir o reembolso do valor da passagem, que pode ser solicitado dentro de um prazo de até 30 dias.

Caso precisem de mais informações, os consumidores podem entrar em contato pelo canal Alô Vale, através do número 0800 285 7000.

A Ferrovia Carajás transporta, em média, 1.500 passageiros por viagem entre os estados do Maranhão e Pará. Os indígenas, que estão realizando a manifestação, montaram tendas no local do bloqueio, situado entre os municípios de Bom Jesus do Tocantins e Marabá, no Pará. Estruturas de madeira também estão sendo construídas na área.

Os manifestantes afirmam que a região onde a ferrovia foi construída é vital para a subsistência das 32 aldeias locais. As reivindicações sobre a ocupação da terra datam desde a construção da ferrovia, na década de 1980, quando a Terra Indígena foi homologada em 1986 para abrigar quatro povos indígenas.

Em resposta à situação, a Vale declarou que aguarda uma desocupação pacífica da linha, conforme as decisões da 1ª Vara Federal de Marabá. A empresa também ressaltou que, devido à interdição, a circulação do Trem de Passageiros foi suspensa nesta quinta (13) e sexta-feira (14), afetando mais de 4.400 pessoas e a distribuição de combustíveis na região Norte.

A Vale afirmou que está aberta ao diálogo com a comunidade e com o Poder Público, e que está cumprindo as obrigações estabelecidas em acordo homologado pelo Judiciário, que foi aprovado pelas associações que representam as comunidades indígenas. A empresa enfatizou o respeito ao direito de manifestação, desde que não interfira no direito de ir e vir das pessoas e na atividade das empresas, garantindo a segurança de todos.