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Wagner Moura: A Trajetória do Ator no Teatro Baiano e seu Prêmio de Melhor Ator em Cannes
24 de maio de 2025 / 21:45
Foto: Divulgação

O ator baiano Wagner Moura foi agraciado com o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cannes 2025 por sua performance no filme O Agente Secreto, que foi dirigido por Kleber Mendonça Filho. O longa-metragem, que se passa durante a ditadura militar no Brasil, se destaca por sua crítica incisiva à repressão política da época.

Natural de Salvador, Wagner Moura passou parte de sua infância em Rodelas, uma cidade no interior da Bahia. Ao retornar à capital, ele iniciou sua trajetória no teatro e se formou em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Desde os 16 anos, o ator já se apresentava nos palcos de Salvador, participando de peças como Cuida Bem de Mim e A Casa de Eros. Em 1997, sua atuação na peça Abismo de Rosas, sob a direção de Fernando Guerreiro, lhe rendeu o prêmio de Revelação no Prêmio Braskem de Teatro.

O reconhecimento nacional chegou em 2000, com a peça A Máquina, de João Falcão, onde atuou ao lado de Lázaro Ramos e Vladimir Brichta. Esse espetáculo foi um marco que abriu portas para Wagner no cinema e na televisão.

Em 2007, ele interpretou o personagem Boca no filme Ó Paí, Ó, gravado no Pelourinho, em Salvador, e que teve Lázaro Ramos como protagonista. A amizade entre os dois artistas é de longa data.

Mais recentemente, em 2021, Wagner Moura dirigiu, roteirizou e produziu o filme Marighella, que narra a vida de Carlos Marighella, um guerrilheiro e político baiano que foi assassinado pela ditadura militar em 1969. Durante uma entrevista, o ator comentou sobre a censura que enfrentou pelo governo federal ao tentar captar recursos para o filme, mencionando a má vontade com projetos culturais.

Na cerimônia de premiação, o diretor Kleber Mendonça Filho recebeu o prêmio em nome de Wagner Moura e expressou sua gratidão. “Tive muita sorte de trabalhar com Wagner Moura. Ele não é apenas um grande ator, mas uma pessoa incrível. Espero que O Agente Secreto traga muitas coisas boas para ele”, afirmou o diretor.

Kleber Mendonça Filho também foi premiado como Melhor Diretor pelo filme, que recebeu aclamação da crítica após sua estreia no festival, resultando em cerca de 15 minutos de aplausos. O filme foi amplamente elogiado, sendo considerado uma obra-prima.

Elogios da Crítica

  • O The Guardian classificou o filme como “visual e dramaticamente soberbo” e destacou a performance de Moura.
  • O Hollywood Reporter descreveu o filme como “magistral”, celebrando o retorno de Wagner Moura ao cinema brasileiro.
  • O site The Playlist elogiou a atuação de Moura, considerando o filme uma “obra-prima” e dando nota A+.

O filme O Agente Secreto promete continuar a gerar discussões e reflexões sobre a história brasileira, enquanto Wagner Moura solidifica ainda mais sua carreira no cenário internacional.